segunda-feira, 6 de junho de 2011

Há pouco tempo o mundo parava para ver o casamento do Herdeiro do Trono da Inglaterra com uma simples moça plebeia. Foi um casamento que atraiu olhares do mundo inteiro. Acredita-se que mais de 2 bilhões de pessoas viram a cerimônia ao vivo, seja por televisão ou pelo computador. Mas, não temos ideia de quantas pessoas já viram as fotos, leram sobre o ocorrido, e assim por diante. Quantas pessoas não admiraram a roupa de Kate, ou melhor, Catherine. Quantas pessoas não reconheceram a beleza do filho da Princesa Diana. E, quantas pessoas, não imaginaram-se casando com um príncipe.

Esse sonho não é algo inusitado. Desde que somos pequenos, sempre sonhamos em encontrar os príncipes e princesas encantados. O duro, é que muitas vezes o que encontramos na vida ou são os sapos, ou são apenas pessoas que com o tempo se transformam nos sapos. Por que será que isso acontece? Por que a vida real não pode ser igual à fantasia, e sermos felizes para sempre com a pessoa com quem escolhemos nos casar?


Pois bem, pensando sobre isso, podemos refletir sobre que mudanças Catherine têm em sua vida agora. O que significou realmente ter se casado com o Príncipe William? Como sua vida é diferente? Agora, que o glamour já passou, como está sendo a vida dela? Pesquisando na Internet, econtramos algumas exigências que ela, agora, tem que cumprir, como esposa de um príncipe

  • Agora que se tornou uma Windsor, não pode mais ser chamada de Kate. Seu título agora é Sua Alteza Real a Princesa de Gales ou a Duquesa de Cambridge. Pode ainda ser chamada de Catherine, mas não Kate. [Perdeu a identidade. Agora, tem que fazer o que lhe mandam fazer, e o que ela pode fazer].
  • Comer mariscos, para evitar uma intoxicação. [Até que isso não é tão ruim].
  • Os membros da família Real não tem direito ao voto, portanto, Catherine não pode mais votar. [Acho que isso também não seria tão ruim assim. A não ser que ela seja envolvida em atos políticos desde a juventude. O que não parece ser o caso].
  • Não cometer qualquer escândalo e evitar ao máximo os boatos que denigrem a imagem da família real. [Ou seja, ela é vigiada 24 horas por dia].
  • Exercer qualquer cargo político, pois a família real tem que demonstrar neutralidade perante o povo. [Nem pode votar, nem ser votada].
  • Jogar Banco Imobiliário. Parece piada, mas é verdade, ao que parece a família real proibiu o jogo porque ele converte a um vício. [Ou seja, se ela não gostava de obedecer a mãe, ou achava as exigências de seus pais absurdas, agora, diante da exigência da rainha mãe, ela não tem mais escolha].
  • Trabalhar, pois membros da família real não o fazem. [Apesar de isso parecer uma coisa boa para alguns, isso é uma tremenda dificuldade. Passar 24 horas por dia, 7 dias por semana, 4 semanas por mês, 12 meses por ano, sem ver a recompensa do que fez, sem ver os resultados de sua própria ação.].
  • Ter comportamento controverso ou que fuja aos princípios em relação a sociedade, política e tudo mais. [Todos devem se cuidar quanto a isso, mas ela deve cuidar-se muito mais].
  • Assinar todo e qualquer documento não oficial, para evitar cópias de sua assinatura caso se torne rainha. [Ou seja, não pode fazer um blog da internet para falar o que sente ou pensa. Não tem liberdade para se expressar].
  • Continuar comendo depois que a Rainha tiver terminado. É bom ela ser rápida para não passar fome! [Julgando seu aspecto físico, não acho que isso seja um problema].
Se pensarmos bem, ela deixa de ser ela mesma, e passa a ser parte de uma família, da qual ela se apaixonou apenas por um integrante, mas é obrigada a respeitar as regras de todos. Será que vale mesmo a pena ser rainha? E, se pensarmos, só imaginando livremente, o que teria acontecido com as princesas dos contos de fadas, que povoam a mente de muitas crianças hoje em dia:

Branca de Neve – Ela provavelmente teve que cuidar dos filhos sozinha, pois o príncipe saia muito pela floresta. Além disso, deve ter tido um problema com o peso, pois comia tudo o que iam lhe vender na porta de casa.

Cinderela – essa não se acostumou a ser princesa. Ela gostava mesmo de trabalhar pesado, de limpar suas próprias coisas. Tornou-se uma rainha muito exigente com a limpeza, mas muito esquecida, pois deixava seu sapato aonde ia.

Rapunzel Com o tempo, precisou cortar o cabelo, e com isso, teve sérios problemas de autoestima, pois sua realização estava no cabelo comprido.

Bela Adormecida – Essa teve mais dificuldades, pois unindo-se o fato de que era muito dorminhoca, não parecia disposta a se atualizar, pois era alguém que tinha parado no tempo.

Bem, apesar de fazer essa pequena brincadeira de imaginação, seria bom efletirmos sobre algo muito sério. O que você faz quando a magia e o encanto do seu casamento termina? Como você lida com a realidade, que muitas vezes cai numa rotina maçante? 

Em primeiro lugar, as mudanças que ocorrem depois da vida de casados é algo que deveria estar claro na cabeça de todos, mas muitos se esquecem. Muitos se casam, mas desejam continuar agindo, saindo e se comportando como quando eram solteiros. Isso é impossível. A vida de casado é uma mudança de foco, uma mudança de perspectiva de vida. O que antes acontecia por que EU queria, agora tem que ser porque NÓS decidimos. Você precisa entender que as exigências sociais mudam, as necessidades dos outros para com você também mudam, e novas demandas e responsabilidades aparecem na sua vida, que precisam ser realizadas por você.

Não espere que as mesmas coisas que aconteciam antes do casamento continuarão a acontecer depois. Contudo, isso não quer dizer que o casamento perde completamente seu encanto. Há algo diferente, novo, e completamente singular que nasce com o início do casamento, e se desenrola pela vida inteira. Isso é chamado de CUMPLICIDADE.

Quando você decide dividir a vida com alguém, esse alguém deve se tornar a pessoa mais importante para você. Até mesmo sua família anterior, como pai, mãe e irmãos precisa ficar em segundo plano. Decidir casar é decidir assumir a responsabilidade de cuidar, nutrir, alimentar, servir, perdoar, investir tempo, investir financeiramente, planejar, partilhar sentimentos… enfim, doar-se para a outra pessoa.

Reconheço que isso não é uma opção fácil. Demanda muito esforço, humildade, e muitas vezes, uma aparente derrota. Mas saiba que esse é o melhor investimento que você pode fazer. É muito melhor que um plano de previdência privada. Pois o plano de previdência pode te dar os recursos para ficar num hospital muito bom se estiver doente. Mas é pelo casamento que você vai ter a companhia de alguém que não vai conseguir te deixar sozinho ou sozinha. E vai fazer tudo para você ter o melhor. Casar é deixar de lado o sonho do conto de fadas, e partilhar a vida com outra pessoa. E essa opção é o que de melhor e mais importante você pode fazer.

E, se por acaso você não tiver tido a oportunidade de se casar, a felicidade se encontra no ato de partilhar a vida. Se não apareceu alguém apropriado, ou se apareceu mas não está mais ao seu lado, decida partilhar sua vida, seu amor, seu carinho com outras pessoas, pois isso é o tipo de investimento que traz os maiores lucros para nós, seres humanos.


Edson e Sueli - Ministério para as Famílias Diocese de Maringá
G.O. Raio de Luz

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