terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Papai Noel (Santa Claus) ou São Nicolau

A imagem de Papai Noel, velhinho gorducho e sorridente que traz presentes às crianças boas no dia do Natal teve sua origem na historia de São Nicolau. Existem várias lendas que falam acerca da vida deste santo:

Em certa ocasião, o chefe da guarda romana daquela época, chamado Marco, queria vender como escravo um menino muito pequeno chamado Adrian e Nicolau o impediu.

Em outra ocasião, Marco queria apoderar-se de umas jovenzinhas se seu pai não lhe pagasse uma dívida. Nicolau se inteirou do problema e decidiu ajudá-las. Tomou três sacos cheios de ouro e na Noite de Natal, em plena escuridão, chegou até a casa e colocou os sacos pela chaminé, salvando, assim, as meninas.

Marco, que queria acabar com a fé cristã, mandou queimar todas as igrejas e prender todos os cristãos que não quisessem renegar sua fé. Assim Nicolau foi capturado e preso. Quando o imperador Constantino se converteu e mandou liberar todos os cristãos, Nicolau havia envelhecido. Quando saiu do cárcere, tinha a barba crescida e branca e tinha as roupas vermelhas que o distinguiam como bispo; contudo, os longos anos de cárcere não conseguiram tirar sua bondade e seu bom humor.

Os cristãos da Alemanha tomaram a história dos três sacos de ouro deixados pela chaminé no dia de Natal e a imagem de Nicolau ao sair do cárcere, para tecer a história de Papai Noel, velhinho sorridente vestido de vermelho, que entra pela chaminé no dia de Natal para deixar presentes para as crianças boas.

O Nome "Santa Claus" vem da evolução paulatina do nome de São Nicolau: St. Nicklauss, St. Nick, St. Klauss, Santa Claus, Santa Clos. Não obstante, o exemplo de São Nicolau nos ensina a ser generosos, a dar aos que não têm e a fazê-lo com discrição, com um profundo amor ao próximo. Nos ensina além disso, a estar atentos às necessidades dos demais, a sair de nosso egoísmo, a ser generosos não só com nossas coisas mas também com nossa pessoa e nosso tempo. Por isso, o Natal é um tempo propício para imitar São Nicolau em suas virtudes.


LITURGIA

No tema principal desenvolvido pela liturgia de Natal encontramos os elementos básicos da teologia e da pastoral da festa. O Natal não é só uma recordação de algo que sucedeu na história. Constantemente a liturgia enfatiza que o fato do nascimento de Jesus Cristo está ordenado à Redenção, à Páscoa, à Parusia. Segundo a terminologia dos antigos, o Natal é uma mcmoria (mistério), cujo centro é a morte e ressurreição de Jesus Cristo, sempre presente e operante, como alma de toda celebração litúrgica.

Ao redor da liturgia de Natal formou-se, no decurso dos séculos, uma série de costumes folclóricos que contribuíram para criar um ambiente festivo na intimidade das famílias e nas ruas das aldeias e cidades. Já no século V foram compostos cantos populares sobre o mistério da Encarnação, inspirados na teologia e na liturgia de Natal.

Quando, no século XIII, São Francisco de Assis e seus discípulos propagam a devota prática de construir presépios nas igrejas e nas casas, se estendem as cantigas de Natal, caracterizados pelo tom simples e ingênuo de suas letras e de suas melodias que se referem preferentemente aos sentimentos da Virgem e dos pastores ante a pobreza que Deus escolheu ao tomar um corpo humano.

Como para expressar visivelmente o significado da "iluminação" obtida pelo nascimento de Jesus Cristo, há muito tempo se introduziu o hábito de acender fogos durante a noite de Natal, substituindo tradições pré-cristãs. A iluminação extraordinária dos lugares públicos durante o tempo de Natal se inspirou nesses usos.

Desde o século XVI, nos países nórdicos, começa o hábito de reunir-se em torno de uma árvore, a árvore de Natal? símbolo da graça alcançada pela Encarnação e pela morte na árvore da cruz de Jesus Cristo, em contraposição ao pecado que se originou na árvore do paraíso.

Também, se destinou para o dia de Natal a prática de trocar presentes e felicitações; prática sugerida pela que existia em Roma no primeiro dia do ano, chamada estréia. No início, simbolizava-se que era o menino Jesus quem oferecia os presentes; e mais adiante, seriam os Reis Magos quem distribuíam os dons, e não tanto pelo Natal como pela Epifania, em que se comemora o fato da entrega de seus obséquios a Jesus Cristo.

Por último, durante a oitava de Natal se celebram as "memórias" dos Santos Estevão, João Evangelista e Inocentes, como as mais antigas, às que o Oriente acrescentava a dos Santos Pedro e Paulo.
Tradições e Costumes

As tradições e costumes são uma maneira de fazer presente o que ocorreu ou o que se costumava fazer nos tempos passados. São os fatos ou obras que se transmitem de uma geração a outra de forma oral ou escrita. A palavra tradição vem do latim "traditio" que vem do verbo "tradere" que significa entregar. Poder-se-ía dizer que tradição é o que nossos antepassados nos entregaram. No caso da Natal, o mais importante das tradições e costumes não é só o aspecto exterior mas seu significado interior. Deve-se conhecer por que e para quê se levam a cabo as tradições e costumes para assim poder vivê-las intensamente. Este é um modo de evangelizar. Existem muitas tradições e costumes tanto do Advento como do Natal, os quais nos ajudam a viver o espírito natalino; contudo, devemos recordar que este espírito encontra-se na meditação do mistério que se celebra.

O calendárioAo fixar-se esta data, também ficaram fixadas à da Circuncisão e da Apresentação; a da Expectação (Nossa Senhora da Esperança) e, quiçá, a da Anunciação da Santíssima Virgem Maria; também a do Nascimento e Concepção do Batista. Até o século décimo o Natal era considerado, nos documentos pontifícios, o inicio do ano eclesiástico, como continua sendo nas Bulas; Bonifácio VIII (1294-1303) restaurou temporalmente este costume, o qual a Alemanha sustentou durante algum tempo mais.

As três Missa. As três missas assinaladas para esta data no Missal de Gelasio e no Gregoriano, com um martirológio especial e sublime, e com a dispensa, se for necessário, da abstinência, ainda hoje são guardadas. Embora Roma indique somente três Missas para o Natal, Ildefonso, um Bispo espanhol de 845, alude a uma tripla Missa no Natal: Páscoa, Pentecostes, e a Transfiguração. Estas Missas, de meia noite, ao alvorecer, e in die, estão misticamente relacionadas com a distribuição judia e cristã, ou ao triplo "nascimento" de Cristo: na Eternidade, no Tempo, e na Alma. As cores litúrgicas variavam: negro, branco, vermelho; e o Glória era só entoado ao princípio da primeira Missa desse dia.

Os presépiosNo ano 1223 São Francisco de Assis deu origem aos presépios que atualmente conhecemos, popularizando entre os leigos um costume que até esse momento era do clero, fazendo-o extra-litúrgico e popular. A presença do boi e do burro deve-se a uma errônea interpretação de Isaías 1, 3 e de Habacuc 3, 2 (versão "Italiana"), apesar de aparecerem no magnífico "Presépio" do século quarto, descoberto nas catacumbas de São Sebastião no ano de 1877.



Os hinos e cantigas de natal . As primeiras cantigas de natal que se conhecem foram compostos pelos evangelizadores no século V com a finalidade de levar a Boa Nova aos aldeãos e camponeses que não sabiam ler. Suas letras falavam em linguagem popular sobre o mistério da encarnação e estavam inspiradas na liturgia da Natal. Chamavam-se "villanus" ao aldeão e com o tempo o nome mudou para vilancicos (do Espanhol "villancicos"). Estas falam em um tom simples e engenhoso dos sentimentos da Virgem Maria e dos pastores ante o Nascimento de Cristo.

No século XIII estendem-se por todo o mundo junto com os presépios de São Francisco de Assis. O famoso "Stabat Mater Speciosa" é atribuído a Jacopone Todi (1230-1306); "Adeste Fideles" data do século décimo sétimo. Mas, estes ares populares, e inclusive palavras, devem ter existido muito tempo antes que fossem postos por escrito. Os vilancicos, ou cantigas de Natal, favoreciam a participação na liturgia de Advento e de Natal. Cantar cantigas de Natal é um modo de demonstrar nossa alegria e gratidão a Jesus e escutá-los durante o Advento ajuda à preparação do coração para o acontecimento do Natal.


                                         
 Os cartões de Natal. O costume de enviar mensagens natalinas se originou nas escolas inglesas, onde se pedia aos estudantes que escrevessem algo que tivesse a ver com a temporada natalina antes de sair de férias de inverno e o enviassem pelo correio à sua casa, com a finalidade de que enviassem a seus pais uma mensagem de Natal. Em 1843, W.E. Dobson e Sir Henry Cole fizeram os primeiros cartões de Natal impressos, com a única intenção de por ao alcance do povo inglês as obras de arte que representavam o Nascimento de Jesus. Em 1860, Thomas Nast, criador da imagem de Papai Noel, organizou a primeira grande venda de cartões de Natal em que aparecia impressa a frase "Feliz Natal".


A árvore de Natal . Os antigos germânicos criam que o mundo e todos os astros estavam sustentados pendendo dos ramos de uma árvore gigantesca chamada o "divino Idrasil" ou o "deus Odim", a quem rendiam culto a cada ano, no solstício de inverno, quando se supunha que se renovava a vida. A celebração desse dia consistia em adornar um pinheiro com tochas que representavam as estrelas, a lua e o sol. Em torno desta árvore bailavam e cantavam adorando ao seu deus. Contam que São Bonifácio, evangelizador da Alemanha, derrubou a árvore que representava o deus Odim, e no mesmo lugar plantou outro pinheiro, símbolo do amor perene de Deus e o adornou com maçãs e velas, dando-lhe um simbolismo cristão.


 as maçãs representavam as tentações, o pecado original e os pecados dos homens; as velas representavam Cristo, a luz do mundo e a graça que recebem os homens que aceitam Jesus como Salvador. Este costume se difundiu por toda a Europa na Idade Média e com as conquistas e migrações chegou à América. Pouco a pouco, a tradição foi evoluindo: trocaram as maçãs por bolas e as velas por luzes que representam a alegria e a luz que Jesus Cristo trouxe ao mundo. As bolas atualmente simbolizam as orações que fazemos durante o período de Advento. As bolas azuis são orações de arrependimento, as prateadas de agradecimento, as douradas de louvor e as vermelhas de preces. Costuma-se colocar uma estrela na ponta do pinheiro, que representa a fé que deve guiar nossas vidas. Também costuma-se pôr adornos de diversas figuras na árvore de Natal. Estes representam as boas ações e sacrifícios, os "presentes" que daremos a Jesus no Natal. Para aproveitar a tradição: Adornar a árvore de Natal ao longo de todo o advento, explicando às crianças o simbolismo. As crianças elaborarão suas próprias bolas (24 a 28 dependendo dos dias que tenha o Advento) com uma oração ou um propósito em cada uma, e conforme passem os dias as irão colocando na árvore de Natal até o dia do nascimento de Jesus.


“REIS” MAGOS

Os três “Reis” Magos: Melchior, Baltasar e Gaspar. Conforme conta a tradição, do Oriente e guiados pela estrela de Belém, acorreram ao local do nascimento de Jesus, levando em oferenda ouro, incenso e mira. A visita, relatada no Evangelho de São Mateus, não traz tantos detalhes, mas, ao longo dos séculos, foi-se acrescendo a esse episódio uma série de dados que deram ao perfil peculiar a essas três figuras. Primeiro se acreditou que eram sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas ou os medos. A partir do século 6, porém, a Igreja passou a considerá-los reis e lhes nomeou pessoalmente, atribuindo a cada um deles características próprias. Assim, Melchior seria o representante da raça branca, européia, e dos descendentes de Jafé; Baltasar representaria a raça amarela, habitante da Ásia e descendente de Sem, enquanto Gaspar pertenceria à raça negra, proveniente da África e que teria como ascendente Cam. O Evangelho quis nos mostrar com essa peça literária que, mesmo povos distantes e de culturas diferentes reconhecem em Jesus o Messias, o salvador do mundo.

AS ESCRITURAS. Os Três Reis Magos ou simplesmente Magos, são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após seu nascimento (Evangelho de Mateus). A Escritura diz uns magos, que não seriam, portanto, reis nem necessariamente três e, sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.

Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém na Judéia. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorrida, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.


A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representa a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19: 39 e 40), sendo que estudos no Sudário de Turim encontraram estes produtos "Entrando na casa, viram o menino (Jesus), com Maria sua mãe. Prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra." (Mt 2, 11).

"Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.

Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos seus presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de reis magos. A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: “Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”. Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”. Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Assim, Melquior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.

A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl. 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”. Na antigüidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade). Durante a Idade Média começa a devoção dos Reis Magos (e que são "batizados"), tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde Constantinopla (Istambul) até Milão. Em 1164, com os três já a serem adorados como santos, estas foram colocadas na catedral de Colônia, em Colônia (Alemanha), onde ainda se encontram.Em várias partes do mundo, há festas e celebrações em honra aos Magos. Com o nome de Festa de Santos Reis há importantes manifestações culturais e folclóricas no Brasil.

ESTRELA DE BELÉM. A estrela de Belém é de tradição cristã e tem o lugar importante nas representações de Natal. Normalmente coloca-se em cima da árvore de Natal, no Presépio, e nas portas. No entanto o aparecimento desta estrela quando Jesus nasceu permanece um mistério. Sua ORIGEM lemos em Mateus 2.1-2: "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo"! A certeza dos magos de que Jesus realmente havia nascido levou-os a Belém. Certamente o sinal visível da estrela guiando seu caminho foi para eles uma grande ajuda em sua longa jornada. Esse fato deixa bem claro que qualquer pessoa pode vir a Jesus, porque Ele existe! Hebreus 11.6 diz: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam". A Bíblia relata que uma estrela guiou os três Reis Magos desde o Oriente e indicou o lugar onde era possível encontrar o Menino Jesus. São muitas as teorias que tentam explicar este milagre.

A primeira explicação astronômica foi a de que a Estrela de Belém teria sido um cometa. Esta imagem ainda é muito forte no imaginário popular, onde freqüentemente a estrela é representada com uma cauda”. Cometas possuem caudas que parecem apontar para algum lugar. Dependendo de onde se observa o cometa, tem-se a impressão dele estar apontando para um ou outro ponto ponto do horizonte, como poderia ter sido o caso de Belém. A estrela serviu de guia para os três reis magos até Belém. A estrela também é símbolo de Cristo - Luz do Mundo. "Eu sou a luz do mundo; quem me segue, não andará nas trevas". (Jô 8,12).

CURIOSIDADE: No ano 5 a.C. documentos astronômicos indicam que teria ocorrido uma grande explosão estrelar, resultando numa grande luminosidade que permaneceu no céu por inúmeros dias. Um fato que pode ter originado a imagem da estrela de Belém. Já que Jesus nasceu entre os anos 8 e 4 antes da chamada era cristã. O astrônomo Johannes Kleper afirmou em 1606 disse que a estrela era uma rara conjunção da Terra com os planetas Júpiter e Saturno, transitando por Sol e ao mesmo momento por Peixes. Esta conjugação se apresenta aos olhos do observador terrestre como uma estrela muito brilhante. Outra suposição mais recente sugere a existência de uma nova estrela próxima à estrela Theta Aquilae.

Parece quase tradição nesta altura do ano os observadores do céu debruçarem-se sobre a antiga questão da possível origem da Estrela de Belém. Será que a chamada Estrela de Natal foi uma reunião celeste de planetas visíveis a olho nu, ou teria este "sinal no céu" sido um meteoro, cometa, nova, ou de fato qualquer coisa sobrenatural? E finalmente, seria a Estrela de Belém realmente uma estrela miraculosa? A estrela das estrelas, aparecer apenas uma vez na História da Humanidade? Chegar a uma conclusão neste assunto não é fácil, pois qualquer teoria natural para a Estrela de Belém pode ser, no seu máximo, apenas uma suposição calculada. Talvez este seja um mistério que a Ciência moderna nunca poderá realmente desvendar. A Astronomia já nos levou onde podia.

A TEORIA DE UM CARDEAL:

O erudito Jesuíta cardeal Danielou, já falecido, aceitou a teoria de que a estrela fazia parte de um horóscopo de natureza messiânica. Danielou considerou a declaração dos Magos como uma alusão ao aparecimento de uma estrela. Fator mais importante para elaborar qualquer horóscopo. Escreveu ele NESSES CIRCULOS JUDEOS DO TEMPO EM QUE A ASTROLOGIA ERA ACEITA E O MESSIAS DEZEJADO, ESPECULAVA-SE SOBRE A ESTRELA SOB A QUAL ESTE NASCERIA. Donde se deduz claramente que,apenas se verificou uma combinação prognosticada num dos horóscopos previamente preparados,o povo acreditou que o Messias nascera e começou a procurar o local do seu nascimento. Este foi provavelmente o incentivo a que os Magos, ou astrólogos, obedeceram quando visitaram Herodes.

Enfeita-se o pinheirinho com estrelas ou então se fazem estrelas de papel de cores variadas ou papel transparente. A estrela de Natal tem um papel determinante na história, pois indica o caminho para os magos (Mt 2.2). A estrela tornou-se o símbolo do extraordinário que aconteceu naquela noite. A estrela aponta para o local do nascimento do menino Jesus e aponta para a plenitude de vida que representa esta vinda de Deus ao mundo em Cristo. Este ano mais uma vez a estrela de Davi brilhara em nosso céu.

ÁRVORE DE NATAL. Um símbolo da vida, a árvore de natal é uma tradição muito mais antiga do que o Cristianismo e não é um costume exclusivo de nenhuma religião em particular. Muito antes da tradição de comemorar o Natal, os egípcios já levavam galhos de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano, em Dezembro, simbolizando A triunfo da vida sobre a morte.



ORIGEM:A TRADIÇÃO DO PINHEIRO DE NATAL: Os romanos já enfeitavam suas casas com pinheiros durante a Saturnália, um festival de inverno em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. Nesta época, religiosos também enfeitavam árvores de carvalho com maçãs douradas para as festividades do Solstício de Inverno. A a árvore escolhida foi o pinheiro devido ao seu formato triangular é uma representação da Santa Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). De acordo a tradição, os enfeites da árvore representam os presentes de Deus para todos os homens e as luzes simbolizam a estrela de Belém.

Também entre o segundo e o terceiro milênio A.C. uma grande variedade de povos indo-europeus que estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto.

O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido. A primeira referencia à árvore de natal como a conhecemos hoje data do século XVI. Em Strasbourg, Alemanha (hoje território francês), tanto famílias pobres quanto ricas decoravam pinheirinhos de natal com papéis coloridos, frutas e doces. A tradição espalhou-se, então, por toda a Europa e chegou aos Estados Unidos no início de 1800. Descrições de florescimentos de árvores no dia do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo levaram os cristãos da antiga Europa a ornamentar suas casas com pinheiros no dia do Natal, única árvore que nas imensidões da neve permanece verde. E sem duvida a Árvore de Natal é um símbolo natalino que representa o agradecimento pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. O costume de preparar este belo complemento do presépio foi passando de vizinhança em vizinhança, alcançando hoje até países onde a neve é um fenômeno desconhecido.


LENDAS: A ARVORE DE NATAL. Uma das historias mais divulgadas é de que o monge Martinho Lutero estava passeando numa floresta e contemplando o céu cheio de estrelas. A sua frente havia alguns pinheiros e ele notou que as estrelas pareciam pender dos ramos das arvores. Quando chegou em casa tentou descrever o espetáculo, mas não conseguiu faze-lo com palavras. Então, cortou um pinheiro e enfeitou-o com velas, procurando reproduzir a cena . A arvore passou a representar a paisagem da noite em que Jesus Nasceu.

AS TEIAS PRATEADAS. A tradição de decorar as arvores com fitas prateadas é explicada por uma outra lenda: uma mulher enfeitou seu pinheiro de Natal com todo cuidado, mas, durante a noite, as aranhas estragaram o trabalho, espalhando teias entre os ramos. Jesus viu e, sentindo que mulher ficaria triste quando descobrisse o estrago, transformou todas teias em prata.

CURIOSIDADES: Na Europa, uma das tradições natalinas consiste em decorar um pinheiro com maçãs, doces e pequenos wafers brancos, representando a eucaristia. A Árvore do Paraíso, como é chamada, era o símbolo da festa de Adão e Eva, que acontecia no dia 24 de Dezembro, muito antes da tradição cristã do Natal. Hoje, a árvore não só representa o Paraíso como no início da tradição, mas também a salvação. Segundo uma antiga tradição alemã, a decoração de uma árvore de natal deve incluir 12 ornamentos para garantir a felicidade de um lar:

QUANDO MONTAR E DESMONTAR A ARVORE? O dia de montar a ornamentação de Natal varia de país para país. Em muitas cidades dos Estados Unidos, por exemplo, só se monta a árvore na véspera de Natal, é a famosa noite anterior tão esperada pelas crianças. Em muitos países da Europa já no dia 25 de novembro, um mês antes, a população monta o presépio e a árvore. Entre nós, nunca se firmou uma tradição, mas o costume manda montar a ornamentação no dia 6 de dezembro, Dia de São Nicolau, nosso querido Papai Noel, ou Santa Klaus, como dizem os de língua inglesa, e a mesma tradição manda desmontar, impreterivelmente, até a meia-noite do dia 6 de janeiro, Dia de Reis, a razão disso é que, segundo a História, os reis avisaram Maria e José do perigo representado por Herodes e se desmonta tudo para que os soldados do rei não encontrem sequer pista do Menino Deus!

“Lembre-se, se o Natal não for encontrado no seu coração,
também não o encontrará debaixo da árvore.” - Charlotte Carpenter.

ENFEITES DE NATAL. Os principais enfeites de Natal consistiam em frutos da época, doces e bolos. Mais tarde os vidreiros alemães, fabricaram objetos mais leves com os quais se podia enfeitar a árvore. Pequenos enfeites e doces também eram ai colocados pelas crianças. Atualmente a imaginação não pára. Existem verdadeiros regalos para a nossa vista. Mas afinal porque enfeitamos a árvore de Natal? Mais uma vez, estamos no reino do ritual pagão. Na Idade Média as pessoas acreditavam em espíritos das árvores, enfeitavam árvores todos os anos durante o Inverno. Quando no Outono as folhas caiam pensavam que os espíritos das árvores as tinham abandonado. Isto motivava receios de que não pudessem regressar a essas árvores na Primavera seguinte. Se tal acontecesse, as árvores ficavam nuas e não dariam mais frutos. Para fazer com que os espíritos regressassem às árvores, penduravam-se nas mesmas decorações de pedras pintadas ou de panos coloridos. A idéia era a de tornar atraente as árvores para que os espíritos regressassem e as habitassem de novo. Para encanto de todos, isto funcionava maravilhosamente bem, e todos os anos, na Primavera, as folhas despontavam novamente nas árvores. Depois deste costume, as pessoas começaram a trazer uma árvore para dentro de casa no período do Natal. Quando o novo costume de trazer para dentro de casa pequenos abetos, teve início na Alemanha, era perfeitamente natural acrescentar-lhe enfeites. Estes passaram a ser variados: doces, rebuçados, correntes de pequenas bolas de vidro, ornamentos de papel, velas e muitos mais.

BOLAS COLORIDAS. As bolas coloridas, por seu número e variedade de cores, simbolizam as nossas boas obras. Por seu formato e colorido, as bolas simbolizam o fruto da “árvore no livro da vida." As bolas coloridas, que adornam o pinheirinho querem significar os frutos daquela árvore viva que é Jesus. Representam os dons maravilhosos que o nascimento de Jesus nos trouxe. São as boas ações daqueles que vivem em Jesus, como Jesus.



BALAS E BOMBONS: Simbolizam a doçura das palavras divinas, a doçura de participar de sua Igreja, vivendo sua Palavra: Jesus Cristo. Os arranjos secos simbolizam a humanidade árida que precisa do Cristo para nos restituir a vida nova.


 
OS ANJOS. Ocupa espaço na parte superior do presépio, presente na maioria deles. Representa o Anjo Gabriel, o anjo da Anunciação, que levou a mensagem do nascimento de Jesus à Maria. 
 
BONECO DE NEVE. O boneco de neve, um dos símbolos do natal, é proveniente da neve existente no hemisfério norte, lugar que exige das pessoas uma convivência maior dentro das casas, e o clima natalino é um momento que proporciona essa convivência, onde as famílias se reúnem para confraternizar. Em países frios, as crianças saem durante o dia para produzir o boneco de neve. Colocam duas bolas grandes de neve uma sob a outra, um cachecol, uma cenoura para fazer o nariz, um chapéu, laranjas para fazer os olhos e galhos para servir de pés e mãos. Mesmo em países tropicais como o Brasil, o boneco de neve se transformou em peça de decoração de árvore de natal.

LENDA: Existe um ser ou uma fada (como preferir chamar) que se chama Jack Frost, que é um boneco de neve e que vem todos Natais aterrorizar as pessoas. A lenda diz que ele foi derrotado por uma familia que o colocou em uma chaminé, mas muito continuam temendo-o em todos os Natais.

GUIRLANDA. Também chamada de Coroa do Advento, ela é feita de ramos de cipreste ou abeto, costuma ter como enfeite uma fita vermelha que simboliza o amor e indica a presença de Jesus no lar. ORIGEM da Guirlanda ou Coroa do Advento: O uso de coroas remonta à Roma antiga e para as tornar mais atraentes, tornou-se costume enrolar esses ramos numa coroa. Para aumentar as possibilidades de todos os da casa terem saúde no ano seguinte, os romanos exibiam essas coroas nas portas.O costume em pendurar no lado de fora da porta uma coroa durante os doze dias do Natal. Este costume é mais popular nos Estados Unidos, mas espalhou-se para o resto do mundo cristão, devido à influência do cinema americano. A forma circular: O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca se deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de "elo", de união entre Deus e as pessoas, como uma grande "Alianza". As ramas verdes: Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta. Atualmente, dizemos freqüentemente "à sua saúde" quando compartilhamos com amigos e familiares uma bebida. Em muitos países se faz durante o advento com ramos de pinheiro uma coroa ou guirlanda com quatro velas para o tempo prévio da chegada do menino, conhecida como Advento. Estas velas simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo deste tempo litúrgico, acende-se a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. Eles morrem nesta terra, mas viverão em Deus. No segundo domingo, a segunda vela acesa representa a fé dos patriarcas. Eles creram no dom da terra prometida. A terceira vela simboliza a alegria do rei David, que celebrou a aliança e sua continuidade. Esta terceira vela sempre tem uma cor mais alegre, particularmente o rosa, para distingui-la das outras mais sóbrias. A última vela simboliza o ensinamento dos profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça. Atualmente, as pessoas têm tendência para comprar a coroa de Natal que penduram na porta da frente, mas, rigorosamente falando, se desejarmos seguir com toda a correção a tradição romana, só devíamos pendurar as coroas que nos tivessem sido dadas por outras pessoas.

SAPATINHOS E MEIAS NAS JANELAS E LAREIRAS. ORIGEM: A tradição de colocar os sapatinhos ou a de pendurar as meias junto à chaminé veio da cidade de Amesterdam na Holanda, as crianças deixavam os tamancos (típicos daquele país) na entrada da porta e os pais deixavam um presente sobre cada par. Em Portugal as crianças tinham esse costume. Deixavam os sapatos à porta, na véspera do dia de S. Nicolau, para que este se enchesse de presentes. Diz a lenda que São Nicolau teve conhecimento de que três moças muito pobres não podiam casar-se porque não tinham dinheiro. Então, São Nicolau comovido durante a noite, para não ser visto, atirou moedas de ouro pela chaminé, as quais foram cair dentro das meias que nela foram postas para secar junto ao fogo. Por esse motivo surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na chaminé, para que na manhã do dia de Natal neles fossem encontrados presentes.

LENDA DOS SAPATOS E MEIAS Também há uma lenda para explicar o costume de, no Natal, colocar sobre a lareira o sapato onde depois se vão colocar as prendas ou presentes. Quando, na noite de 24 de Dezembro de 286, os irmãos Crispim e Crispiniano fugiam às perseguições, em Crepy-Valois, fartaram-se de bater às portas das casa, mas ninguém lhes deu abrigo. Acolheu-os, numa cabana escondida num bosque, quase a desmoronar-se, uma viúva que vivia miseravelmente com o filho. Deu-lhes uma tigela de caldo de couves e dois nacos de pão negro. Contentes, os dois irmãos, que eram solteiros, pediram a Deus que recompensasse a generosidade da viúva. Crispim viu a um canto um par de sacos velhos, do rapazinho, fez um par deles novos e colocou-os à beira da pedra da lareira, enquanto a viúva e o filho dormiam. Quando eles acordaram repararam que os dois hóspedes tinham desaparecido e na lareira estava um par de sacos novos, transbordante de moedas de ouro. Desde o séc. III, segundo a lenda, todas as crianças põem os socos na lareira, na esperança de que se repita o milagre feito por intermédio dos santos padroeiros dos sapateiros São Crispim e S. Crispiniano.

LENDA DA CHAMINÉ O caso da chaminé, inclusive, é um dos mais curiosos na lenda de Papai Noel. Alguns estudiosos defendem que isso se deve ao fato de que várias pessoas tinham o costume de limpar as chaminés no Ano Novo para permitir que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano. No poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes e a verdadeira explicação da chaminé veio da Finlândia. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.

SINOS. Os sinos das igrejas nos lembram o encontro com Deus. Os antigos tinham a crença de que o barulho de campainhas e sinos afastava os maus espíritos. Em países de tradição budista como o Tibet e o Nepal, as campainhas representam acordes de harmonização do ritmo humano com o ritmo do universo. Quando sinos se tocam, espíritos voltam ao centro harmônico superior. Parte deste ritual manteve-se, no entanto o sentido com que os sinos tocam é diferente. O seu toque no Natal simboliza alegria e júbilo pelo nascimento de Jesus Cristo e todos os cristãos louvam o Menino. As badaladas dos sinos de Natal representam a mensagem "Nasceu Jesus!". Além disso, acredita-se "Tradição e Lenda" que o som dos sinos possa afastar tudo de ruim e trazer boa sorte. Nos países de tradição anglo-saxão, o sino ainda ganhou uma bela lenda associada: A de que sempre que um sino toca no céu um anjo ganha suas asas. Provavelmente em razão do filme "Minha Vida Sem Você". Os sinos sempre representaram o instrumento que anunciava as grandes festas populares, e no Natal eles atingem a sua importância máxima.

VELAS. As velas simbolizam a luz das estrelas que guiaram os Reis Magos. Elas simbolizam Cristo, a luz do mundo, que devemos imitar. É uma tradição nórdica. No início as famílias fabricavam artesanalmente suas velas, usando a cera pura fabricada por abelhas, conservando sua cor natural. A chama cintila, serpenteia, atrai e ilumina nosso ser. Na chama da vela estão presentes todas as forças da natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. E um sopro pode apagá-las para que de novo possamos reacendê-las no ano vindouro. Para o cristão simbolizam a fé e o amor consumido em favor da causa do Reino de Deus. As pessoas foram encorajadas a acender muitas velas para reforçar esse simbolismo. era costume corrente colocar uma ou várias numa janela, para guiar o espírito de Cristo, através da noite escura, para a casa de cada um. Outras eram fixadas à árvore de Natal, mas isto dava origem freqüentemente a acidentes. Quando mal colocada, podia pegar fogo e era costume destacar uma pessoa para ficar ao pé da árvore sempre que esta era iluminada. Este paciente guardião estava armado com uma grande vara, com uma esponja ou um bocado de pano úmido na ponta, pronto para deitar água a qualquer foco de incêndio.

ORIGEM Nas suas festas chamadas de Saturnais, os romanos acendiam velas para pedirem que o Sol brilhasse de novo (solstício de Inverno). Nessa altura do ano, a escuridão e o frio eram maiores, pelo que as velas forneciam luz e algum calor. Mais uma vez o cristianismo absorveu esse costume e tornou-o sagrado à sua maneira, dizendo que, dado que Cristo era a Luz do Mundo, a chama da vela simboliza a sua influência. As velas iluminada apareceram pela primeira vez em 1882 nos Estados Unidos (Companhia Eléctrica Edison) Admitamos contudo que, apesar de serem muito mais seguras, falta-lhes de alguma forma a qualidade mágica das chamas cintilantes e nuas de ontem.

CORES. Como as velas simbolizam Cristo, Luz do mundo; cada pessoa deverá ser com uma vela que espalha seu brilho e causa bem estar a todos os que a rodeiam. Vela Vermelha: Lembra Isaias, profeta que anunciou 1000 anos antes a vinda do Salvador. Vela Azul: Lembra João Batista, que anuncia que está próximo o Salvador, orai e preparai os caminhos. Vela Cor de Rosa: Lembra Maria, filha de Israel, que deu o seu Sim e dele nasceu o Salvador. Vela Amarela: O símbolo de ouro e da realeza, que vem em sua plenitude para seu povo e quer morar entre o povo que O ama. É comum acendermos velas nas igrejas e também nas nossas casas durante o Natal.
LENDAS A Vela e a Rosa. A lenda da vela de Natal fala de um sapateiro que vivia numa cabana perto de um povoado. Ainda que sendo um homem pobre, colocava sua vela na janela todas as noites para guiar os viajantes. Apesar das guerras, os problemas e a enfermidade, sua luz nunca fraquejava. Isto inspirou outros povoados e, durante a temporada natalina, a maioria dos habitantes costumavam pôr uma vela na sua janela. O costume cresceu e se fez universal. Outro relato que perdura é a lenda da rosa de Natal. Uma pequena pastorinha que observava a estrebaria de longe, chorava porque não tinha nenhum presente para oferecer a Jesus. Ao cair suas lágrimas, começaram a brotar flores da terra. A menina as cortou e, apressadamente, levou para o menino Jesus e as juntou aos presentes trazidos pelos Reis Magos. Desconheço o autor.

CANÇÕES NATALINAS. As músicas natalinas são baseadas essencialmente na Natividade. Para entender o que ocorreu com o repertório natalino através dos séculos é importante saber como esta festa tipicamente cristã surpreendentemente começou. O Natal só foi incorporado ao calendário da Igreja durante o papado de Júlio I (entre os anos 337-352), ocasião em que se decidiu programar para o dia 25 de dezembro a comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Na verdade, esta data corresponde exatamente com o solstício de inverno romano, dia estabelecido no ano 274 pelo imperador romano Aureliano como a data para a celebração do Natalis Solis (“nascimento do sol” em latim), isto é, o nascimento de Mitras, o deus do sol. Apesar de no século IV em boa parte do Europa a consolidação do cristianismo ser uma realidade, esta festividade “pagã” continuou a ser praticada pela população sem que o poder já estatal da Igreja pudesse efetivamente fazer algo para detê-lo. Assim, a união entre esta festividade romana com o aniversário de Cristo resultou nesta festa sincrética que viria a se tornar a principal comemoração da cristandade. Os primeiros exemplos musicais para esta nova festividade cristã destinaram-se para a sua respectiva liturgia (isto é, a cerimônia religiosa realizada dentro do templo). Anos mais tarde esta cerimônia ficaria conhecida como “Missa do Galo”, uma referência ao pássaro que anuncia o nascimento do novo dia e a concretização da profecia sobre a vinda do Messias. Nos primórdios da música natalina, o estilo empregado era muito próximo ao do “canto gregoriano”, que é ainda a forma de cantar característica dos monges beneditinos da atualidade. Entretanto, o aspecto sóbrio deste estilo musical aliado a pouca compreensibilidade do texto cantado em latim fez com que um outro repertório, cantado nas festividades fora do templo, fosse gradualmente se formando na população que circundavam estes templos, dando o passo decisivo para o desenvolvimento da tradição musical natalina.


A CELEBRAÇÃO FORA DO TEMPLO. Na medida em que, na Idade Média, era vedado o uso de material não litúrgico dentro do templo, foi uma conseqüência natural a criação de um repertório natalino mais alegre destinado às celebrações feitas ao ar livre ou em locais não sacros. Ao mesmo tempo, esta temática tornou-se mais acessível à população, tendo em vista que as canções eram também cantadas em vernáculo (isto é, o idioma de fato falado em uma dada localidade) e não só em latim. Na França, desde o século IX, há registros de canções populares criadas para o Natal, conhecidas como noëls. Tal como tudo ao que se refere às práticas musicais antigas, ainda é incerta a ocasião em que esta música era praticada. Os estudos musicológicos indicam várias direções: essas canções podem tanto ter sido usadas em procissões como em grandes cerimoniais e banquetes feudais. É também muito provável que estas canções eram utilizadas domesticamente pela população e há mesmo indícios que algumas dessas canções tenham sido cantadas dentro do templo, porém em ocasiões não oficiais. A tradição das noëls se arraigou de tal forma na cultura musical francesa que ainda no século XVIII era praticado um gênero derivado, as noëls pour orgue, isto é, peças sem parte vocal para serem tocadas apenas ao órgão de tubos, muito comuns nas igrejas da época. Nas noëls pour orgue o organista escolhia algum tema natalino famoso, e a partir de sua melodia, tecia uma série de improvisações que faziam sucesso junto ao público. Algumas destas improvisações foram transcritas em partitura e assim puderam chegar ao nosso conhecimento. Muitas das primeiras melodias natalinas foram criadas para a música incidental presente nas representações teatrais medievais sobre passagens do Novo e do Antigo Testamento. Sabe-se que nestes espetáculos, hoje em dia designados como Dramas Medievais, fazia-se uso abundante de música para ilustrar temas caros à cristandade, tais como a Anunciação, a viagem dos Três Reis Magos e, é claro, o próprio nascimento de Cristo. Assim, já em finais da Idade Média, a música natalina de cunho não litúrgico já estava amplamente difundida por toda Europa. Porém, é da Inglaterra que vem o mais antigo exemplo de tradição natalina ainda presente nos dias de hoje: são canções conhecidas como carols.

CURIOSIDADE: A música “Noite Feliz” é uma das mais executadas do mundo. Essa é a canção mais popular da noite Natal e só perde em execução para o “parabéns a você”. Ela nasceu na Áustria, em 1818. Ali, numa cidade chamada Arnsrdof, ratos entraram no órgão da única igreja do lugar e roeram os foles. Preocupado com a possibilidade de uma noite de Natal sem música, o padre Joseph Mohr saiu atrás de um instrumento que pudesse substituir o órgão danificado. Em sua peregrinação e andanças em busca de uma alternativa musical para àquela noite especial, começou a imaginar como teria sido na cidade de Belém, no dia do Nascimento. Fez então várias anotações e procurou o músico Franz Gruber responsável pela criação desta que é uma das melodias mais bonita e mais conhecidas de todo o mundo.

CARTÕES DE NATAL. A tradição de enviar cartões de felicitações natalinas se iniciou na era Vitoriana em 1843. O inglês JOHN CALLCOTT HORSLEY pintou o primeiro cartão por sugestão de SIR HENRY COLE, que foi o fundador e diretor do South Kensington Museum, atual Museu Victory and Albert em Londres.

IMPRESSÃO FOTOGRÁFICA. Em 1886, uma das maiores empresas gráficas de Bostorn, a “Louis Prang”, foi quem primeiro no mundo lançou um cartão de Natal. Foi a primeira vez também que alguém vestiu PAPAI NOEL de vermelho. Essa cor passou a significar o espírito alegre do Natal em todas as casas onde se festejasse o nascimento do Menino Jesus. A partir desse cartão e do desenho de Last, a imagem de Noel passou a receber contribuições de diversos artistas, até que, em 1931, o desenhista americano e publicitário Haddon Sundblom, contratado para essa missão pela “The Coca-Cola Company”, deu forma humana, chegando a esse visual que hoje conhecemos. A cor vermelha usada de forma pioneira no cartão, que já era marca de todas as peças publicitárias da empresa, foi mantida. Rapidamente, o costume de desejar Boas Festas com o uso de um cartão se estendeu por todo o mundo, esses cartões começaram a ser impressos coloridos. Já a partir dessa época a imagem de Santa Claus - com suas diversas variações ao longo das décadas - começou a ser freqüente nos cartões de Natal.

NATAL SIMBOLOS E TRADIÇÕES. 

CEIA DE NATAL Hoje em dia o Natal, é essencialmente uma festa reservada à comunhão da família, que se reúne à volta da mesa (ceia) posta a preceito e devidamente enfeitada. ORIGEM da Ceia Santa. A ceia natalina tem origem na festa pré-cristã da Roma Antiga - a Saturnália - quando as pessoas se esbaldavam em verdadeiros banquetes. Como a festa terminava em 25 de dezembro, a mesa repleta de delícias acabou sendo incorporada ao Natal. Ainda na crença cristã, se faz uma analogia com a última ceia de Jesus Cristo antes da sua morte, quando ele e os discípulos comemoravam a Páscoa dos judeus. E também como consta na literatura, há centenas de anos, os europeus deixavam a porta de sua casa aberta no dia de Natal para que os peregrinos e viajantes entrassem e, junto com a família e confraternizassem nesse dia. Aí está o porquê de o Natal ser uma data de confraternização entre amigos e familiares.

ALIMENTOS TRADICIONAIS. O prato mais clássico servido nessa ocasião é o peru. A ceia de natal envolve muitas tradições familiares. Algumas famílias têm suas próprias receitas “secretas” para a ceia de natal, outras comem apenas os pratos natalinos tradicionais, como peru ou chester. O consumo dessa ave se originou nos EUA. Lá, o peru é um prato tradicionalmente servido no Dia de Ação de Graças, uma data muito importante para os americanos, e essa tradição veio para o Brasil. Os índios americanos já criavam perus antes de ocorrer a colonização inglesa. Durante a colonização, os índios serviram peru para comemorar a primeira grande colheita, e assim surgiu o hábito de consumir peru para celebrar datas importantes.

Frutas secas - A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal é mais do que uma questão gastronômica. Os frutos secos têm uma ligação muito forte e particular com o solstício do Inverno. Na antiga Roma, eram um presente habitual durante as celebrações eram especialmente apreciados pelas crianças, que os valorizavam quer como brinquedos quer como comida. Os rapazes divertiam-se a jogar a berlinda com eles. Entre as classes sociais mais elevadas, os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro, e estes frutos secos dourados serviam quer como presentes quer como decorações. Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida. Por isso, os frutos secos que colocamos à mesa no Natal são mais do que simples alimentos, é um antigo costume romano que promete a ausência de fome, pobreza e protege contra os excessos da bebida.

TRADICIONAL PANETONE: Este foi criado na Itália, mas não se sabe exatamente sua origem. Existem várias versões. De acordo com uma delas, um padeiro de Milão chamado Tone, em aproximadamente 900 d.C., fez um pão e misturou nele alguns ingredientes como frutas secas e nozes. Esse pão fez muito sucesso e ficou conhecido como pane di Tone. Uma segunda versão diz que, entre 1300 e 1400, um italiano, também de Milão, chamado Ughetto, estava apaixonado por uma moça que se chamava Adalgisa e, para poder ficar junto dela, empregou-se na padaria de seu pai. Lá, criou um pão especial que conquistou tanto a filha quanto o pai. E assim o pai de Adalgisa “deu a mão dela” a Ughetto. E uma outra versão conta que um chef di ciusine chamado Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão, em 1395 criou um pão diferente para uma festa, e este fez muito sucesso por causa de seu sabor. Mas, independentemente das lendas em torno da história do panetone, ele está sempre presente nas mesas de Natal de todo brasileiro. Cada país tem em sua ceia de natal algumas peculiaridades. Os russos, por exemplo, evitam a carne e os Jamaicanos usam e abusam das ervilhas em suas receitas para a ceia de natal. EM ALGUNS PAISES, por exemplo na Alemanha come-se carne de porco e muitos doces, pão-de-mel e das amêndoas torradas. Pratos tradicionais de tempero forte também são muito comuns durante a ceia de natal. Na Austrália, onde as festividades natalinas acontecem durante o verão, as pessoas costumam fazer a ceia de natal em praias. Na África do Sul, outro país que comemora o natal durante o verão, é comum fazer a ceia de natal em mesas colocadas do lado de fora das casas. Na Polônia é proibido comer carne vermelha na Ceia de Natal. Os poloneses comem peixes, acompanhados de vinho branco. Os franceses preferem peru e frutos do mar, especialmente as ostras. NO BRASIL O banquete do natal varia conforme a região do Brasil, do sul ao nordeste, adaptando os pratos tradicionais de suas terras com os alimentos típicos oferecidos na data especial, na qual todos se reúnem para comemorar o aniversário do menino Jesus.  A ceia de natal brasileira incorporou várias receitas locais como a rabanada e o bolinho de bacalhau, que chegou ao país com a colonização portuguesa. Mas uma ceia tradicional precisa ter também assados como peru, pernil, leitão, lombo, e doces diversos. Também é tradição o vinho e o champanhe, gelados. Cada país preserva costumes variados em relação a Ceia de Natal. Vem dos americanos a tradição do peru. Nozes, castanhas, amêndoas e avelãs são costumes europeus, que também preenchem as mesas brasileiras. A história mostra que na Roma antiga, era costume presentear amigos e parentes com estas frutas secas, como forma de desejar boa sorte.

CORES DO NATAL. O Verde e Vermelho - Esta tradição remonta aos festivais do solstício. O verde é a cor das verduras que tem uma grande importância na decoração. O vermelho apareceu por causa do azevinho. Este arbusto dá-se ao longo do Inverno e cobre-se de bagas vermelhas. Diz-se que este nascer das suas bagas simboliza Cristo. É também uma das chamadas cores quentes, que no frio do Inverno dá a sensação de aquecimento e apela aos sentimentos mais nobres do coração - sinônimos do Natal.

CURIOSIDADE: Foi a Coca-Cola que criou a imagem do Papai Noel vestido de vermelho como conhecemos hoje. O primeiro anúncio publicitário da coca-cola usando o Papai Noel vestido de vermelho foi feito em 1931. Nesta ocasião foi criado para uma campanha natalina e acabou virando a imagem universal do "Santa Claus". Até 1931, nenhuma imagem de Papai Noel havia sido universalmente adotada.

NATAL BRANCO. Porque associamos o Natal à brancura? A resposta é porque durante os primeiros oito anos da vida de Charles Dickens, o Natal foi sempre branco de neve. Recordando a sua infância, Dickens tirou partido dela no seu famoso conto de Natal, publicado em Dezembro de 1843. A história foi um grande sucesso, toda a gente que leu a história, ficou comovida e, de repente, sentiu-se mais sentimental acerca do tema do Natal. Um filósofo escocês que, por uma questão nacionalista, não respeita o dia de Natal, ao ler o livro, mandou buscar um peru e convidou dois amigos para jantar. A imagem criada por Dickens conduziu ao mito de que um Natal verdadeiramente bom devia ser branco. Os cenários ligados à neve transformaram-se em ilustrações-padrão dos produtos de Natal. Um século depois de Dickens ter escrito o seu livro, Hollywood apareceu com o filme de Natal, com Fred Astaire e Bing Crosby, chamado Holiday Inn, cujo tema musical I´m Dreaming of a White Christmas ganhou um Oscar. Ao surgir no auge da segunda guerra mundial, teve um enorme impacto sobre o mundo que ansiava pela paz e que era simbolizada pelo espírito do Natal. A canção foi um enorme sucesso e mais tarde com novos arranjos, veio a chamar-se White Christmas. Mas o Natal branco, para a maior parte das pessoas continuará a ser um sonho.

LENDA: Flor de natal. Segundo a lenda, as pessoas estavam levando flores para a igreja para oferece-las ao Menino Jesus. Uma menina camponesa não tinha nenhuma flor para dar. Então ela pegou uma bonita folhagem e a levou consigo para dá-la à Jesus. As pessoas que estavam na igreja começaram a rir da pobre menina que então pôs-se a chorar. O Menino Jesus, percebendo a sinceridade da oferta da menina, fez com que as lágrimas dela, ao caírem sobre as folhas, as tornassem vermelhas, tornando lindíssima aquela folhagem, para espanto de todos. A pinsettia (Euphorbia pulcherrima) é uma planta que, exposta ao sol, é verde. Se estiver à sombra torna-se vermelha. Dizem que atrai os duendes da felicidade, bem como saúde e prosperidade. Enquanto a família dorme, eles derramam bons fluídos.

MISSA DO GALO. Na noite de Natal, os católicos participam da Missa do Galo. Você sabe por que a missa tem esse nome? Porque é o galo que anuncia o novo dia e assim anuncia a chegada do dia de Natal.

MEIA NOITE. Há, porém, um sentido para que esta celebração seja realizada tão tarde. Deve-se frisar que muitos acontecimentos importantes na vida de Jesus e que deram embasamento à fé cristã aconteceram na calada da noite. O próprio nascimento e a sua ressurreição se deram em plena madrugada, antes que o sol nascesse, e é justamente nesse período que o galo anuncia o fim das trevas e surgimento de um novo dia. É dentro desta simbologia que foi instituída a Missa do Galo. É um preceito antigo do catolicismo dividir a noite em quatro vigílias.

CELEBRAÇÃO. É celebrada na passagem do dia 24 para o dia 25 de dezembro. Em algumas Paróquias ainda se é formada por quatro missas: vigília noturna, a da meia-noite, a da aurora e por último a da manhã. Porém muitas pessoas não conseguem participar das quatro missas, com isso, realiza-se então apenas a missa da meia-noite que é a do Natal. Na Espanha e em Portugal acontecia, em pequenas povoações, a Missa do Galo, onde uma pessoa tinha que levar um galo e se ele cantasse era um sinal de que as colheitas para aquele ano seriam ótimas. Na França, existem missas que são bastante famosas como as de Notre Dame e a de Saint Germain dês Prés, essas para serem realizadas precisam de um lugar amplo, pois à meia-noite é feita uma representação com as músicas sagradas. Na Missa do galo já todas as velas do Advento se encontram acesas e canta-se o cântico de Glória. Dada a sua importância, o próprio papa faz questão de rezá-la. Tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para casa, colocam a imagem do Menino Jesus no Presépio, distribuem os presentes e compartilham a Ceia de Natal. A missa do galo é celebrada, em Roma, desde o século V, na Basílica de Santa Maria Maior.


NATIVIDADE - Jesus nasceu durante o reinado de Herodes o Grande, que os romanos haviam designado para governar a Judéia. Os calendários são contados a partir do ano em que se supõe ter nascido Jesus, mas as pessoas que fizeram essa contagem equivocaram-se com as datas: Herodes morreu no ano 4 a.C.., de modo que Jesus nasceu 3 anos antes, a quando dos censos do povo Judeu, que ocorreu, exatamente, 1 ano após os censos dos outros povos também subjugados ao poder Romano. Estes censos ocorreram para facilitar aos Romanos a contagem do povo e a respectiva cobrança dos impostos. Os Judeus sempre se opuseram a qualquer tentativa de contagem, por essa razão, esta ocorreu um ano depois de ter ocorrido nos povos vizinhos. Desde o século IV, os cristãos festejam o Natal, ou nascimento de Cristo, no dia 25 de dezembro. A data real ainda é incerta, mas o que importa é não esquecer que Jesus Nasceu e para que Nasceu. A notícia do anjo Gabriel - Maria, ela e o carpinteiro José, seu marido, moravam em Nazaré, uma cidade da província da Galiléia, no norte da Palestina. O Evangelho de Lucas conta que o arcanjo Gabriel apareceu a Maria e anunciou que ela ia dar à luz ao filho de Deus, o prometido Messias. Lucas relata também que, após receber a notícia do anjo, Maria teria passado três meses com Isabel e Zacarias nas montanhas de Judá e que depois retornou para sua casa, detalhe foi lá servir Izabel..Mateus, por sua vez, traz a informação de que José, não teria compreendido inicialmente que Maria recebera a importante missão de conceber o Messias e se afastou de Maria, pelo que um anjo lhe pareceu em sonhos para que ele a recebesse.Nascimento em uma manjedoura - Algum tempo antes de Jesus nascer, Maria e José foram a Belém, a fim de terem seus nomes registrados em um recenseamento. Devido a um decreto de Otávio Augusto, todas as pessoas que viviam no mundo romano tiveram que se alistar em suas respectivas cidades, sendo que José era de Belém. Belém era uma pequena cidade do sul da Judéia. Maria e José encontraram abrigo num estábulo, e foi aí que Jesus nasceu. Maria fez de uma manjedoura o berço para ele. Os Evangelhos falam de pastores que, perto de Belém, viram anjos no céu e os ouviram cantar: Glória a Deus nas alturas e, na Terra, paz e boa vontade entre os homens [1]. Algumas traduções da Bíblia dizem: paz na Terra aos homens de boa vontade

A visita dos magos do Oriente. A Bíblia também relata que vieram sábios do oriente para ver o Messias recém-nascido. A princípio perguntaram por ele na corte de Herodes. Mais tarde puderam localizá-lo, seguindo até Belém a luz de uma estrela. Trouxeram a Jesus oferendas de ouro, incenso e mirra. Herodes pedira-lhes que voltassem para informá-lo quando tivessem encontrado o menino, mas eles não fizeram isso. Herodes tomou-se de fúria e, com medo desse novo rei dos judeus, mandou que fossem mortos todos os meninos de Belém que tivessem dois anos de idade ou menos. Um anjo apareceu a José, em sonho, e o preveniu. José fugiu então para o Egito, com Maria e o menino Jesus. Só retornaram a Nazaré depois da morte de Herodes. A fuga para o Egito - Prosseguindo a leitura do livro de Mateus, mais adiante o evangelista informa a notícia de que José, avisado em sonhos a respeito de um plano de Herodes para matar Jesus, foge com Maria e o menino para o Egito. O momento em que A família de Jesus foge para o Egito também não é suficientemente preciso na Bíblia. O fato de Herodes ter mandado matar todas as crianças de Belém do sexo masculino de dois anos para baixo pode significar que, depois do nascimento de Jesus na manjedoura, José ainda teria permanecido por algum tempo nessa cidade esperando que o menino estivesse em condições para suportar uma viagem de volta à Galiléia. Igualmente, não se sabe ao certo por quanto tempo a família de Jesus teria morado no Egito. Sabe-se apenas que Jesus permaneceu no Egito até a morte de Herodes, quando então José, após ser avisado por um anjo em seus sonhos, retorna para a cidade de Nazaré. Data exata de nascimento de Jesus - A data de nascimento de Jesus é muito discutida. Devido a falhas do calendário há quem diga que Jesus teria nascido por volta do ano 6 d.C. . Porém, considerando que Jesus nasceu pouco tempo antes da morte de Herodes isto coloca-nos numa data anterior a 4 a.C. Outra ajuda que temos para facilitar a localização da data do nascimento de Jesus foi que este ocorreu a quando José foi a Belém com sua família para participar do recenseamento. Os romanos obrigaram o recenseamento de todos os povos que lhes eram sujeitos a fim de facilitar a cobrança de impostos, o que se tornou numa valiosa ajuda na localização temporal dos factos, uma vez que ocorreu exatamente 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C. Entretanto, os Judeus tomaram providência no sentido de dificultar qualquer tentativa por parte dos ocupantes em contar o seu povo, pelo que, segundo a história, nas terras judaicas este recenseamento ocorrera um ano depois do restante império romano, ou seja no ano 7 a.C.. Em Belém, o recenseamento ocorrera no oitavo mês, pelo que se concluiu que, Jesus nascera provavelmente no mês de Agosto do ano 7 a.C. Outros factos também ajudam a estimar a data exata. Conforme é relatado pelos textos bíblicos, no dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o recenseamento da sua família, e um dia depois, Maria enviou uma mensagem a Isabel relatando o acontecimento. A apresentação dos bebês no templo, bem como a purificação das mulheres teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi apresentado no templo de Zacarias, segundo os registos locais, no mês de Setembro num sábado. Sabe-se que Setembro do ano 7 a.C. teve quatro sábados: 4, 11, 18 e 25. Como os censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o sábado de apresentação seria o de 11. Logo Jesus teria nascido alguns dias depois de 21 de Agosto do ano 7 a.C. Poucos relatos sobre a infancia e a vida de Jesus antes do 30 anos! Gramde parte do que é conhecido sobre a vida e os ensinamentos de Jesus é contado pelos Evangelhos canônicos: Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João pertencentes ao Novo Testamento da Bíblia. No entanto, é nos Evangelhos de Mateus e de Lucas que se tem melhores informações a respeito da infância de Jesus. Enquanto Mateus foi um dos doze apóstolos, Lucas teria empreendido uma pesquisa dos fatos que na sua época já eram relatados de modo que o seu Evangelho é o que mais contém informações a respeito da vida de Jesus na Terra, antes mesmo do seu nascimento.

PRESÉPIO. Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países católicos é a reprodução do cenário onde Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus.

ORIGEM O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma. Rapidamente este costume foi alargado o outras igrejas. Foi São Francisco de Assis quem idealizou a representação do nascimento de Jesus com figuras, após 1223, quando festejou a véspera de Natal na floresta de Greccio, na companhia da população de Assis. A tradição do presépio, na forma como é representado nos dias de hoje, teve início no século XVI. As primeiras imagens apareceram no interior de igrejas, em mosaicos. No século XVIII a cena do nascimento de Jesus já fazia parte das tradições natalinas em Nápoles e na Península Ibérica. No Brasil, o costume foi introduzido pelo frade franciscano Gaspar de Santo Agostinho, nos primórdios do descobrimento do país, e logo se incorporou a religiosidade popular.

SIMBOLOS DE EXPRESSÕES ARTISTICAS

Como expressões artísticas próprias, os presépios sinalizam a cultura de cada país onde são montados. Com figuras humanas que podem variar de miniaturas de dez centímetros a 1,5 metros, são feitos em madeira, porcelana, palha, papel machê, entre outras técnicas, com traços próprio. No presépio japonês, por exemplo, João e Maria têm traços orientais e vestem roupas de seda. Na África do Sul são feitos em jacarandá. Na Ilha da Madeira, a figura de Maria aparece com sete saias, símbolo da nobreza portuguesa.   estilo mais célebre e sofisticado de presépio é, porém, o napolitano do século 18, arte que atingiu seu auge nos adereços em miniatura (os chamados finimenti) e no elevado número de cenas da vida popular. O rei Carlos III, de origem espanhola, tornou-se o grande patrono dessa arte em Nápoles, incentivando famílias ricas a adquirir figuras de alta qualidade, enquanto artistas buscavam representações cada vez mais suntuosas. Produziam cabeças em terracota, olhos de vidro, braços e pernas em madeira, unidos a estruturas de arame revestidas que formavam o corpo de figuras maleáveis. Mais marcantes eram os trajes do casal sagrado, dos cidadãos napolitanos e dos Reis Magos e sua exótica comitiva, adornadas em seda, ouro, pedras preciosas, madrepérola, marfim, além de inúmeros instrumentos de música, de sopro e corda, trabalhados em madeira ou latão. Boa parte dessas obras era exposta em praça pública.

Também em Portugal foram produzidos alguns dos mais belos presépios do mundo, não só de valor folclórico, mas como obras de arte naturalista. Mesmo nas cenas mais realistas, dos pastores ajoelhados ou da família com os meninos a caminho do presépio, o talento da composição e o estilo das roupagens exprimem uma força que se não encontra nas grandes esculturas naturalistas da época. Os chamados barristas reproduziam com terra cenas da vida popular e, pela exuberância de seu trabalho, fizeram do século 17 em Portugal o século dos presépios, período áureo dessa produção tipicamente nacional.

Na Itália, encontra-se ainda a Rua San Gregório Armeno (Nápoles), que possui importância singular na produção dessa arte na Europa, concentrando grande número de artesãos e escultores e conta com mais de 300 mil itens relacionados a presépios, figuras e acessórios, vendidos principalmente nas semanas que antecedem o Natal. Muitas figuras são pequenas obras e podem levar até uma semana para serem completadas.

O PRESÉPIO BRASILEIRO. A história do presépio brasileiro é fruto da influência dos colonizadores de Portugal, Espanha e França, principalmente. Segundo estudiosos, em 1532, o padre Jose de Anchieta, ajudado pelos índios, já modelava em barro pequenas figuras representando o presépio, com o propósito de incutir-lhes a tradição cristã e honrar o menino Jesus no dia de Natal. Mas foi entre os séculos 17 e 18 que os presépios foram definitivamente introduzidos e difundidos no Brasil, inicialmente se inspirando nos modelos europeus e, mais tarde, adquirindo fisionomia própria e a riqueza de linhas que marcaram o barroco nacional.

O índio, o negro, o caboclo, a fauna, a flora, a mitologia afro-americana, usos e costumes, transformaram as influências externas em cenas comuns da vida diária: lavadeiras no rio; caçadores, fazendeiros e trabalhadores cuidando de animais ou montados a cavalo; mulheres cuidando dos filhos ou tirando água no poço; moinhos, cisternas, fontes e rios escorrendo por baixo das pontes. Além da paisagem esboçada nos presépios conter montanhas, árvores, casas de todos os gêneros, pintadas com cores vivas, e a igrejinha iluminada. A Bahia é um dos estados onde mais cresceu e se difundiu essa tradição, graças também ao seu precioso folclore. No livro "Gabriela, Cravo e Canela", Jorge Amado detalha casas que ficaram célebres pelos presépios de Natal trabalhados o ano inteiro e expostos em dezembro com vista para a rua, em Ilhéus. “Era o Natal dos presépios, das ceias após a missa do galo, do início dos folguedos populares, dos reisados, dos ternos de pastorinha, dos bumba-meu-boi, do vaqueiro e da caapora", reforça o autor.
Vários estados do Brasil possuem uma rica série de presépios, como o presépio da cidade de Piriripau, exposto no Parque do Ibirapuera no 4º Centenário de São Paulo, com 42 cenas que vão do nascimento até a ressurreição de Cristo. No Vale do Paraíba, a arte presepista desenvolveu-se de tal maneira que os presépios em barro cru pintado desenvolvidos pelos “figureiros do Vale” são vendidos em outras regiões, com colorido diferenciado. Em Minas Gerais, António Francisco Lisboa, o Aleijadinho, decorou não só as igrejas de sua terra natal, Ouro Preto, como fez presépios para a aristocracia crioula, esculpindo figuras não superiores a trinta centímetros com uma requintada elegância, como pastores rezando e os Reis Magos. Museu do presépio – a idéia de um museu de presépios teve início em 1949 em São Paulo, quando Francisco Matarazzo Sobrinho trouxe da Itália um precioso exemplar do Presépio Napolitano, do século 18, composto por 1620 peças. Anos mais tarde, o sonho tomou forma no Museu de Arte Sacra da capital, onde se encontra o original e mais 130 presépios, que revelam a diversidade de exemplares no mundo, como o do México, com modelos de barro seco e cortiça, e o da Áustria, com madeira, coquinho e pinhas.

Edson e Sueli - Ministério para as Famílias Diocese de Maringá